Plataforma offshore de petróleo ao pôr do sol sobre o oceano.

Última atualização em 22 de outubro de 2025 por Inaflex Mangueiras Industriais

As plataformas offshore representam o que há de mais avançado em engenharia e tecnologia para a exploração de petróleo e gás. No Brasil e em todo o mundo, essas imponentes estruturas flutuantes ou fixas em alto-mar são o coração de operações complexas, onde a eficiência, a segurança e a precisão são absolutamente essenciais. Elas não só impulsionam a economia, mas também desafiam os limites da engenharia humana em um dos ambientes mais hostis do planeta.

Elaboramos este guia para desvendar o universo das plataformas offshore. Nele, você encontrará explicações sobre:

  • O que são;
  • Os diferentes tipos de unidades;
  • Como funcionam no dia a dia;
  • E, especificamente, qual o papel do Brasil nesse cenário.

Além disso, abordaremos as normas brasileiras que regem essas operações e, um ponto crucial para qualquer gestor ou engenheiro, como escolher os componentes certos, incluindo as mangueiras industriais e seus respectivos engates rápidos, para garantir a máxima segurança e produtividade.

Afinal, o que é uma plataforma offshore?

Uma plataforma offshore é muito mais do que apenas uma estrutura no mar; ela é um complexo sistema de engenharia projetado para permitir a extração e o processamento de petróleo e gás natural de reservatórios localizados abaixo do leito oceânico. Em essência, são verdadeiras “fábricas” instaladas longe da costa, que transformam recursos submarinos em energia, operando ininterruptamente em um ambiente desafiador.

O que define uma plataforma offshore?

Uma plataforma offshore se distingue pela sua capacidade de atuar em águas, seja para a perfuração de novos poços, a produção e processamento dos fluidos extraídos, ou como um ponto de apoio para diversas atividades logísticas e operacionais.

Essas instalações são cuidadosamente planejadas para suportar as forças da natureza e manter a estabilidade enquanto realizam tarefas críticas que exigem altíssima precisão e confiabilidade.

Onde e por que as plataformas offshore são instaladas?

A localização de uma plataforma offshore é determinada, acima de tudo, pela presença de reservatórios de hidrocarbonetos e pela profundidade da água. Fatores como as condições metocean (meteorologia e oceanografia) — ou seja, ventos, correntes e ondas — e a geologia do fundo do mar são decisivos na escolha do tipo de plataforma.

Elas são construídas para operar em um cenário onde as condições climáticas podem ser extremas, garantindo a continuidade das operações com segurança.

Plataformas não são navios de apoio: entendendo a diferença

É comum haver uma certa confusão, mas uma plataforma offshore não deve ser confundida com um navio de apoio. Embora ambos trabalhem no ambiente marinho e sejam interdependentes, suas funções são distintas.

As plataformas são unidades estacionárias, fixas ou ancoradas, dedicadas à atividade central de exploração e produção. Já os navios de apoio são embarcações móveis que fornecem suporte logístico, transportando suprimentos, pessoal e prestando assistência em diversas tarefas, agindo como um elo vital entre a plataforma e o continente.

Navio de apoio atracado ao lado de uma plataforma offshore em operação.
Navio de apoio realiza abastecimento e suporte técnico a uma plataforma offshore.

Para que servem as plataformas offshore?

As plataformas offshore servem para extrair petróleo e gás. No entanto, suas funções se estendem para muito além disso, abrangendo o processamento inicial dos hidrocarbonetos e seu preparo para o transporte. Isso é feito de forma contínua e segura, garantindo que a matéria-prima chegue ao seu destino final.

Uma vez que os fluidos são trazidos à superfície dos poços, eles passam por um processamento inicial na própria plataforma. Esse processo envolve a separação do óleo, gás e água, além da remoção de impurezas. Em muitas unidades, como os FPSOs, há também a capacidade de armazenamento temporário do óleo antes que ele seja transferido.

Tais estruturas são equipadas para operar como pequenas cidades no mar, com toda a infraestrutura necessária para sustentar a vida e o trabalho de suas equipes.

A cadeia de valor: da descoberta ao escoamento

A jornada do óleo e gás, do fundo do mar até o consumidor final, pode ser resumida em uma complexa cadeia de valor:

  1. Descoberta: Localização de reservatórios submarinos.
  2. Perfuração: Criação dos poços de acesso ao reservatório.
  3. Completação: Preparação do poço para a produção, com a instalação de equipamentos.
  4. Produção: Extração constante dos hidrocarbonetos.
  5. Escoamento: Envio do produto para terminais em terra ou navios.

Como funciona a logística de pessoas e suprimentos em plataformas offshore?

As plataformas contam com helipontos para o transporte aéreo de pessoal e cargas urgentes, complementado por uma frota de navios de apoio. Estes navios são responsáveis por abastecer as unidades com tudo o que é necessário: combustíveis, água potável, alimentos, peças de reposição e outros itens essenciais.

Essa complexa rede de apoio é indispensável para a autonomia e a segurança das operações em alto-mar.

Como funcionam as plataformas offshore no dia a dia?

O dia a dia em uma plataforma offshore é marcado por um ciclo operacional rigoroso e uma integração constante de subsistemas. Cada tarefa é cuidadosamente planejada para assegurar a produção eficiente e a máxima segurança.

Após a fase inicial de perfuração e completação, que preparam os poços para a produção, os fluidos (óleo, gás e água) chegam à superfície da plataforma. No topside (a parte superior da estrutura), eles são separados, tratados e estabilizados para o transporte.

Enquanto isso, equipes de engenharia e operações realizam o monitoramento contínuo da integridade estrutural, do desempenho dos equipamentos e de todos os protocolos de segurança. Isso garante que a plataforma funcione sem interrupções e minimiza os riscos operacionais.

Os caminhos do produto: dutos e transferência marítima

O petróleo e o gás tratados, então, precisam ser transportados para o continente. Dois caminhos principais são utilizados:

  1. Dutos (oleodutos e gasodutos): São tubulações submarinas que levam o produto diretamente para terminais costeiros ou refinarias.
  2. Transferência marítima: O óleo é carregado em navios-aliviadores (shuttle tankers) que o transportam para a costa. O gás, por sua vez, pode ser reinjetado nos reservatórios ou, em alguns casos, liquefeito para transporte. A transferência marítima é uma etapa com detalhes técnicos e de segurança específicos, que exploraremos mais adiante.

Fatores que limitam a operação: clima e integridade dos equipamentos

As operações offshore são influenciadas por diversos fatores ambientais. Condições climáticas severas podem impor janelas operacionais restritas, limitando atividades como a transferência de óleo ou a manutenção externa.

Por isso, a integridade dos equipamentos é constantemente verificada. Qualquer falha pode resultar em paradas, prejuízos financeiros e, em casos mais graves, impactos ambientais, tornando o monitoramento uma prioridade máxima.

Navio e plataforma offshore durante operação em alto-mar ao entardecer.
Plataforma offshore e navio atuando em conjunto em operação de extração.

Quais são os tipos de plataformas offshore?

A diversidade de plataformas offshore reflete a variedade de desafios encontrados nos oceanos. A escolha do tipo ideal depende, principalmente, da profundidade da água, das características do reservatório e das condições ambientais. Cada modelo é uma solução de engenharia adaptada a um contexto específico:

  1. Fixa (Jacket/Gravidade): São estruturas rígidas, firmemente apoiadas no leito marinho por pernas que chegam à superfície. Robustas e estáveis, são ideais para águas mais rasas e para a produção a longo prazo.
  2. Jack-up: Estas plataformas móveis possuem pernas que podem ser elevadas ou abaixadas. Ao chegar ao local de operação, as pernas são estendidas até o fundo do mar, e o casco é elevado acima da água. São usadas principalmente para perfuração em águas rasas.
  3. Semissubmersível: Unidades flutuantes que mantêm sua estabilidade por meio de colunas e flutuadores parcialmente submersos. Permitem operações em águas profundas e são empregadas tanto na perfuração quanto na produção.
  4. TLP (Tension Leg Platform): Uma plataforma flutuante ancorada ao leito marinho por cabos tensionados verticalmente, o que lhe confere grande estabilidade. É utilizada em águas profundas.
  5. Spar: Caracteriza-se por uma grande coluna vertical que se estende por toda a coluna d’água, proporcionando excelente estabilidade. É empregada para produção em águas ultraprofundas.
  6. Navio-sonda (Drillship): Um navio equipado com capacidade de perfuração e sistemas de posicionamento dinâmico. Ele pode operar em águas ultraprofundas em qualquer parte do mundo, mas sua função é estritamente a perfuração, sem armazenar ou produzir petróleo.
  7. FPSO (Floating Production, Storage, and Offloading): Um navio especialmente adaptado ou construído para receber, processar, armazenar e transferir petróleo e gás. Sua versatilidade para operar em águas ultraprofundas e sua grande capacidade de armazenamento o tornam a solução preferida em muitas bacias, incluindo o pré-sal brasileiro.

O que influencia a escolha de uma plataforma?

A decisão sobre qual tipo de plataforma utilizar é multifacetada. A lâmina d’água (profundidade do oceano) é um dos fatores mais importantes. Além disso, as condições metocean (meteorologia e oceanografia) do local, os custos de CAPEX (despesas de capital, de investimento) e OPEX (despesas operacionais, de funcionamento), a necessidade de mobilidade e a modularidade da unidade também são critérios essenciais.

Um erro comum: FPSO não é navio-sonda

É fundamental esclarecer que, embora ambos possam ter a forma de um navio e operem em águas profundas, o FPSO é uma unidade de produção, armazenamento e transferência, enquanto o navio-sonda é focado unicamente na perfuração. Suas funções e equipamentos a bordo são, portanto, bastante distintos.

Brasil, pré-sal e FPSOs: o que mudou e o que esperar para os próximos anos?

O Brasil se consolidou como um player global na produção de petróleo e gás, especialmente com a expansão do pré-sal. Esse crescimento é impulsionado por um cenário de inovação e alta produtividade, e o nosso país serve como um exemplo de sucesso na exploração em águas profundas.

Projeções recentes indicam que a produção do país deverá atingir aproximadamente 4.1 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) em 2025, com a expectativa de chegar a cerca de 5.2 milhões de boe/dia até 2030. Esse aumento significativo, de 26.8% em cinco anos, reforça a relevância do Brasil no cenário energético mundial e a contínua demanda por soluções de alta qualidade.

O ambicioso plano de implantação de FPSOs entre 2024 e 2028

A Petrobras, atuando como a espinha dorsal dessa expansão, possui um cronograma acelerado para a entrada de novas unidades de produção. Estima-se que 14 novas FPSOs entrarão em operação entre 2024 e 2028, sendo que a maioria já está contratada. Esse volume de investimentos demonstra a força do setor e a demanda por equipamentos e serviços especializados em longo prazo.

Os campos de Búzios e Mero, ambos no pré-sal, são cruciais para essa expansão. Búzios tem a meta ambiciosa de produzir cerca de 2 milhões de barris de óleo por dia até 2030, com 11 FPSOs planejadas. Contudo, desafios podem surgir, como evidenciado no campo de Mero, onde a FPSO Sepetiba sofreu uma parada devido ao limite de queima de gás (gas flaring) autorizado.

Esse incidente ressalta a criticidade da gestão ambiental e da eficiência dos sistemas de transferência de gás para a continuidade da produção, pois qualquer falha pode gerar prejuízos milionários.

Recordes de eficiência e novas unidades de destaque

A busca por eficiência é uma constante. A FPSO Almirante Barroso, operando em Búzios, alcançou sua capacidade máxima em menos de cinco meses após o primeiro óleo, um recorde de ramp-up (aceleração da produção até a capacidade máxima) no pré-sal.

Além disso, a entrada em operação da FPSO Almirante Tamandaré em 2024, também em Búzios, consolida-a como a maior FPSO da América do Sul, com uma impressionante capacidade de 225 mil barris de óleo por dia (bpd) e 12 milhões de m³/d de gás natural.

Offloading em FPSO: como é feita a transferência para navios e dutos com segurança?

A etapa de transferência de óleo bruto das FPSOs para navios-aliviadores (shuttle tankers) ou dutos, conhecida como offloading, é um processo de alta complexidade e que exige um controle rigoroso de segurança. Cada detalhe, desde o posicionamento das embarcações até a integridade dos equipamentos de conexão, é crucial.

Os modos de transferência: tandem versus side-by-side

Existem duas configurações principais para o offloading marítimo:

  1. Tandem Offloading: O navio-aliviador se posiciona proa-à-popa (uma embarcação atrás da outra) em relação à FPSO. Esta é geralmente a configuração preferida em condições de mar mais desafiadoras.
  2. Side-by-Side Offloading: O navio-aliviador se alinha lado a lado com a FPSO. Esta operação é tecnicamente mais delicada, exigindo condições climáticas mais favoráveis. Ela está mais exposta a forças de deriva (drift forces) e aos movimentos das ondas, o que impõe um estresse maior sobre as mangueiras e os sistemas de conexão.

A importância das linhas flexíveis e dos mangotes

Nesse contexto, as linhas flexíveis e os mangotes desempenham um papel vital, servindo como a ponte segura para a transferência de fluidos. Eles são projetados para resistir a grandes esforços de tração, torção, fadiga (desgaste causado por ciclos repetidos de movimento) e vibração, que são comuns devido ao movimento das embarcações e às condições do mar.

A escolha de engates rápidos de alta qualidade e conexões robustas é, portanto, indispensável para evitar vazamentos e garantir a segurança operacional.

Outras transferências essenciais na plataforma

Além do offloading de óleo bruto, as mangueiras industriais são utilizadas em diversas outras operações críticas a bordo:

  • Bunkering: Abastecimento de combustível (MGO – Marine Gas Oil ou HFO – Heavy Fuel Oil) para navios de apoio ou entre embarcações.
  • Água doce: Transferência de água potável e para uso em serviços gerais.
  • Químicos: Movimentação de fluidos para tratamento de óleo/gás ou outros processos.
  • Utilidades: Inclui transferências de ar comprimido, vapor e outros fluidos de suporte para o funcionamento da plataforma.

Características cruciais para mangotes e mangueiras

Para que essas transferências sejam realizadas com máxima segurança, os mangotes e as mangueiras precisam apresentar características técnicas muito específicas:

  • Continuidade elétrica: Fundamental para dissipar cargas estáticas e prevenir ignição em ambientes com vapores inflamáveis.
  • Compatibilidade química: A mangueira deve ser resistente aos fluidos transportados, especialmente a hidrocarbonetos com alta concentração de aromáticos (até 60%), comuns no pré-sal.
  • Pressão e temperatura: A capacidade de suportar as pressões e temperaturas de operação sem comprometer sua integridade é imprescindível.
  • Raio mínimo de curvatura: O limite de flexão que a mangueira pode suportar sem sofrer danos estruturais.
  • Flutuabilidade: Para mangotes que operam na superfície da água, a capacidade de flutuar é essencial para o manuseio e para evitar o afundamento.

Quais normas e regras se aplicam às operações e às mangueiras offshore no Brasil?

O rigor regulatório no ambiente offshore brasileiro é um reflexo direto da complexidade e dos riscos envolvidos. A conformidade com as normas é a base para a segurança das operações e a proteção do meio ambiente, sendo um fator primordial para qualquer fornecedor ou operador.

NR-37: segurança e saúde a bordo das plataformas

A Norma Regulamentadora 37 (NR-37) estabelece requisitos mínimos para garantir a segurança, a saúde e as condições de vivência no trabalho em plataformas de petróleo no Brasil. Essa norma abrange desde a gestão dos riscos ocupacionais até a exigência de planos documentados de inspeção e manutenção para todos os equipamentos críticos.

É importante ressaltar que a NR-37 é a norma aplicável ao ambiente offshore, e não a NR-20 (segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis), que rege instalações em terra.

NORMAM-204/DPC: as regras da Marinha para transferências Ship-to-Ship

As operações de transferência de óleo entre navios (Ship-to-Ship – STS) são estritamente regulamentadas pela Marinha do Brasil, por meio da NORMAM-204/DPC. Essa norma define procedimentos detalhados para garantir a segurança dessas manobras, incluindo a exigência de um Plano de Operação de Bunkering (STS Bunkering Plan) e a qualificação específica de profissionais como o POAC (Pessoa com Controle Consultivo Total da Operação).

A NORMAM-204 enfatiza a necessidade de mangueiras com certificação e histórico de falha zero, dada a severidade das consequências e sanções em caso de vazamentos.

ABNT NBR ISO 1823 e ABNT NBR 15690: padrões para mangueiras

Para as mangueiras industriais utilizadas em operações offshore, normas técnicas específicas ditam os requisitos de construção e desempenho:

  • ABNT NBR ISO 1823 (equivalente à ISO 1823:2015): Esta norma define as características para conjuntos de mangueiras de sucção e descarga de óleo. É o padrão fundamental para mangueiras primárias de offloading e transferência de petróleo bruto, com classes de compatibilidade que especificam a resistência a compostos aromáticos (por exemplo, até 60%).
  • ABNT NBR 15690 (Partes 1, 2 e 3): Esta família de normas estabelece requisitos para mangueiras de abastecimento, transferência, carga e descarga de combustíveis líquidos, biocombustíveis e aditivos, sendo relevante para operações de bunkering e linhas de utilidades.

Documentos e ensaios técnicos frequentemente exigidos

Os operadores offshore geralmente solicitam uma série de documentos e ensaios para comprovar a conformidade e a segurança das mangueiras. Dentre eles, destacam-se: certificados de teste hidrostático, que comprovam a resistência à pressão; certificados de continuidade elétrica, essenciais para a prevenção de descargas eletrostáticas; e relatórios de inspeções periódicas.

Além disso, informações sobre engates rápidos, suas especificações e testes, também são cruciais. Estes documentos, incluindo históricos de pressão de teste, datas de troca e certificações, são vitais para a rastreabilidade e a gestão da qualidade dos equipamentos.

Porto com guindastes e navio cargueiro em operação logística.
Operações logísticas em porto marítimo completam a cadeia de valor offshore.

Como escolher a mangueira certa para operações offshore?

A escolha da mangueira industrial adequada para o ambiente offshore é uma decisão que afeta diretamente a segurança, a eficiência e a longevidade das operações. Um erro de especificação pode levar a falhas críticas, gerando altos custos e riscos significativos.

Ao selecionar uma mangueira para uso offshore, considere:

  • Fluido: Qual o tipo de fluido será transportado? Qual sua concentração de aromáticos (ex: 25%, 50%, 60%)?
  • Temperatura: Qual a faixa de temperatura do fluido e do ambiente de operação?
  • Pressão de trabalho e de teste: Qual a pressão máxima de operação e qual a pressão de teste exigida pela norma?
  • Continuidade elétrica: É um requisito para o fluido ou ambiente, especialmente para prevenir descargas eletrostáticas?
  • Raio mínimo de curvatura: Qual a flexibilidade necessária para a instalação e operação sem que a mangueira sofra kinking (dobra acentuada)?
  • Abrasão, UV (Ultravioleta) e spray salino: A mangueira precisa resistir a desgaste externo, radiação solar e à corrosão causada pela névoa salina?
  • Flutuabilidade: Para operações de offloading ou para mangotes que devem operar na superfície, a capacidade de flutuar é crucial.
  • Conexões/Acoplamentos: Quais tipos de terminais são necessários (flanges, roscas, engates rápidos)? Quais materiais são adequados para o fluido e o ambiente?

Para cada aplicação, um tipo de mangueira específico

Diferentes aplicações no offshore demandam mangueiras com características distintas:

Garantindo instalação e operação seguras

Mesmo a mangueira mais bem escolhida pode falhar se não for instalada e manuseada corretamente. Práticas seguras incluem: aplicar o torque correto nos acoplamentos e engates rápidos, evitar o excesso de bending (dobra), proteger contra snagging (engate acidental) ou chafe protection (proteção contra atrito) e garantir o armazenamento adequado em locais protegidos de intempéries e produtos químicos. A atenção a esses detalhes prolonga a vida útil da mangueira e reforça a segurança operacional.

Linhas Transmaster para plataformas offshore

A Inaflex, reconhecida como uma fábrica de mangueiras industriais de referência, desenvolve soluções especificamente para os rigores do ambiente offshore. As linhas Transmaster são o resultado de décadas de experiência, combinando tecnologia avançada para garantir segurança, durabilidade e total conformidade com as exigências regulatórias.

Apresentamos a seguir um panorama das principais linhas Inaflex para aplicações offshore, com suas características que as tornam ideais para as mais diversas tarefas:

LinhaAplicação primáriaFluidoTemperaturaPressão de trabalhoPressão de testeReforço / CarcaçaFlutuabilidadeContinuidade elétricaNormas atendidas
Transmaster Fuel SLAbastecimento geral, transferênciaHidrocarbonetos claros/escuros, solventes, óleos vegetais/minerais, derivados de petróleo-20ºC a 80ºCVariável1,5x pressão de trabalhoTêxtilNãoOpcional / CertificadaABNT NBR 15690
Transmaster Fuel OG 150/300Carga/descarga de óleo/derivados, alta robustezHidrocarbonetos claros/escuros, óleos vegetais/minerais, solventes, derivados de petróleo-30ºC a 80ºC150 / 300 psi1,5x pressão de trabalhoTêxtil de alta resistênciaNãoCertificadaABNT NBR ISO 1823, ABNT NBR 15690
Transmaster Fuel Full & Half FloatingMangote flutuante para offloading / águaHidrocarbonetos, água-30ºC a 80ºCVariável1,5x pressão de trabalhoTêxtil de alta resistênciaSim (mín. 20%)CertificadaABNT NBR ISO 1823

Transmaster Fuel SL: versatilidade para abastecimento e transferências

A mangueira Transmaster Fuel SL é uma solução versátil, ideal para o abastecimento de plataformas offshore e transferências gerais. Ela garante a movimentação segura de uma vasta gama de fluidos, incluindo hidrocarbonetos claros e escuros, solventes, óleos vegetais e minerais, e derivados de petróleo como gasolina, querosene e óleo diesel. Sua faixa térmica de operação, entre -20ºC e 80ºC, e sua pressão de teste de 1,5 vezes a pressão de trabalho, atestam um desempenho confiável em diversas aplicações críticas.

Transmaster Fuel OG 150/300: robustez para carga e descarga

Desenvolvida para operações de carga e descarga de materiais como hidrocarbonetos e seus derivados, a linha Transmaster Fuel OG se destaca por sua alta robustez. Com um tubo interno resistente a hidrocarbonetos, uma capa externa durável contra intempéries e uma carcaça reforçada contra tração e torção, esta mangueira é uma escolha segura para plataformas, caminhões-tanque, fábricas e navios. Está disponível com opções de pressão de trabalho de 150 ou 300 psi.

Transmaster Fuel Full & Half Floating: a segurança do mangote flutuante

O mangote Transmaster Fuel Full & Half Floating é um elemento essencial em operações de offloading e transferência de água, geralmente utilizado como o primeiro da linha. Sua característica autoflutuante (com flutuação mínima de 20%) facilita o manuseio e aumenta a segurança na superfície do mar. Sua construção, que inclui um tubo interno de borracha resistente, carcaça têxtil reforçada e uma camada de flutuação com espumas, garante flexibilidade e alta resistência a intempéries e abrasão, em temperaturas que variam de -30ºC a 80ºC.

Riscos, segurança e manutenção: como evitar falhas em linhas e mangotes

A segurança e a continuidade das operações em plataformas offshore dependem diretamente de um rigoroso programa de manutenção e gestão de riscos. É através da prevenção de falhas que se evitam acidentes, impactos ambientais e prejuízos financeiros significativos.

Identificando os principais modos de falha

Mangotes e mangueiras em ambientes offshore estão constantemente expostos a diversos fatores que podem levar a falhas:

  • Kinking (dobra acentuada): Ocorre quando a mangueira é dobrada além de seu limite de curvatura, danificando sua estrutura interna e comprometendo o fluxo.
  • Abrasão: Desgaste da camada externa da mangueira devido ao atrito constante com outras estruturas ou com o movimento em contato com superfícies ásperas.
  • Delaminação: Separação das camadas internas ou externas da mangueira, que pode ser causada por incompatibilidade química, exposição a temperaturas extremas ou falhas durante a fabricação.
  • Fadiga por onda/vento: O estresse contínuo imposto pelas forças do mar e do vento pode levar à fadiga do material, resultando em falhas estruturais ao longo do tempo.
  • Descargas eletrostáticas: O acúmulo de cargas estáticas durante a transferência de fluidos inflamáveis pode gerar faíscas, que podem causar ignição se a mangueira não possuir continuidade elétrica adequada, por isso, a especificação de engates rápidos também é crucial aqui.

A importância das inspeções e testes periódicos

Para mitigar esses riscos, inspeções periódicas e testes rigorosos são indispensáveis. A mangueira deve ser inspecionada visualmente para identificar rachaduras, bolhas, cortes, sinais de abrasão excessiva ou deformações. Os terminais, acoplamentos e engates rápidos devem ser verificados quanto à corrosão e à sua integridade.

Testes hidrostáticos e de continuidade elétrica devem ser realizados conforme as normas e as recomendações do fabricante, assegurando que o equipamento mantém suas propriedades de segurança.

Documentação e rastreabilidade: pilares da gestão de equipamentos

Um sistema robusto de documentação e rastreabilidade é vital para o controle e a segurança das mangueiras. Isso inclui manter um registro detalhado do histórico de cada mangueira, com informações sobre sua fabricação, testes iniciais e periódicos, datas de instalação e troca, certificações de conformidade e relatórios fotográficos das inspeções. Essa documentação facilita a gestão do ciclo de vida do equipamento e atende aos requisitos de auditorias regulatórias.

Treinamento e operação: garantindo boas práticas

As equipes envolvidas no manuseio das mangueiras devem passar por treinamento adequado em boas práticas de montagem, manuseio e armazenagem. A montagem deve seguir as especificações de torque para os acoplamentos e engates rápidos. O manuseio precisa evitar arrastos excessivos, torções e impactos.

Por fim, a armazenagem deve ser realizada em locais apropriados, protegidos de intempéries e agentes químicos agressivos, prolongando a vida útil do equipamento e garantindo a segurança de todos.

Operar no offshore com eficiência começa na especificação certa

As operações em plataformas offshore são o motor da produção energética, e no complexo ambiente do pré-sal brasileiro, com um cronograma ambicioso de implantação de novos FPSOs, a segurança e a eficiência são prioridades inegociáveis. As rigorosas normas brasileiras reforçam que a seleção adequada de mangueiras industriais e seus engates rápidos é um fator crítico, que impacta diretamente a lucratividade e a integridade de todo o sistema.

A escolha certa: menos riscos, mais economia

A seleção e a manutenção corretas da linha de transferência — seja um mangote flutuante para o offloading, uma mangueira de borracha adequada para fluidos com alta concentração de aromáticos, uma mangueira composta para produtos químicos ou uma mangueira para água e ar para utilidades — são um investimento que resulta na redução de riscos e na minimização de custos com paradas não programadas.

Com a consultoria técnica especializada de uma fábrica de mangueiras com experiência comprovada, é possível otimizar cada detalhe, garantindo que a escolha não apenas atenda, mas supere as expectativas de segurança e desempenho.

Para garantir que sua operação offshore tenha o suporte técnico e os produtos que ela merece, convidamos você a baixar nosso catálogo e explorar mais a fundo nossas soluções. 

Inaflex: desde 1983 proporcionando as melhores soluções em mangueiras industriais.