O transporte de produtos químicos é uma operação cercada de cuidados, por causa dos riscos envolvidos. Então, neste post vamos falar um pouco sobre como transferir produtos químicos agressivos de forma segura.
Afinal, estamos falando de um setor que teve um faturamento líquido de cerca de US$101,7 bilhões em 2020, de acordo com a ABIQUIM, colocando o Brasil na sexta posição do ranking mundial. Assim, produtos químicos correspondem à 3ª maior participação no PIB industrial.
Sem dúvida, a indústria química é indispensável para que a economia possa girar. De fato, além de fornecer matéria-prima para outros setores da indústria, produz materiais e substâncias de utilização imediata. Ou seja, produtos químicos tanto de uso final quanto de uso industrial. Além disso, vale lembrar que a indústria petroquímica é parte da indústria química, assim como os agroquímicos, produtos farmacêuticos, polímeros e tintas, siderurgia, metalurgia e papel e celulose.
Assim sendo, os produtos químicos agressivos ou perigosos correspondem a uma grande parcela de tudo que a indústria química produz e transporta.
Principais produtos químicos transportados pela indústria
Primeiramente, é importante dizer que os produtos químicos podem se classificar de diferentes formas, relativas à sua origem ou à sua finalidade. Então, a primeira classificação é dividi-los em commodities ou especialidades.
Assim, as commodities são produtos fabricados em grandes quantidades, e em grandes plantas, que exigem alto capital. Além disso, utilizam processos contínuos, possuem especificações padronizadas e preços que tendem a ser mais importantes do que o desempenho para quem as utilizam como insumos para fabricar outros produtos químicos.
Já as especialidades são produtos químicos produzidos de acordo com as especificações de um cliente. Por exemplo, com um determinado grau de pureza ou propriedade física. São produzidos em plantas que requerem menor capital e que são capazes de proporcionar preços e margens mais elevados.
Além disso, uma segunda classificação diz se são orgânicos ou inorgânicos. Decerto, a maior parte da produção corresponde aos produtos orgânicos ou àqueles derivados de petróleo e gás. Então, a petroquímica é o ramo que emprega, além do gás natural, gases liquefeitos de petróleo, gases residuais de refinaria, querosene, parafinas, resíduos de refinação de petróleo e alguns tipos de petróleo cru e, principalmente, nafta. Dessa forma, são essenciais na fabricação de plásticos, fibras e pigmentos sintéticos, adubos, fertilizantes, dentre outros.
Por outro lado, os produtos inorgânicos, se baseiam em substâncias de origem mineral, como o cloro, o silício e a soda cáustica. Portanto, importantes na fabricação de produtos de limpeza, construção civil, metalurgia e eletrônica.
Classificação de produtos perigosos
De acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a classificação de produtos perigosos incluem produtos transportados sob altas temperaturas, além de:
- conteúdos explosivos;
- substâncias oxidantes, infectantes, radioativas ou tóxicas;
- peróxidos orgânicos;
- materiais corrosivos;
- outras cargas que oferecem riscos em colisões.
Então, chamamos de produtos químicos agressivos àqueles que oferecem qualquer tipo de risco à vida humana e ao meio ambiente, entre eles:
- ácido clorídrico;
- gás de cloro;
- hidróxido de sódio (a altas temperaturas);
- acetona;
- ácido sulfúrico;
- amônia;
- cloreto de ácido;
- vapores ácidos
- ácido fluorídrico;
- hidrocarbonetos;
- ácido nítrico;
- solventes.
De fato, a transferência desses produtos requer muito cuidado. Por isso mesmo, existem diversas legislações para regular as operações de caminhões-tanque, que é o principal meio de transporte no Brasil para essas substâncias. A saber, as regras compreendem o abastecimento do veículo, o trânsito dos materiais e a descarga dos produtos em seu destino final.
Transferir produtos químicos agressivos: as principais indústrias
Como já foi dito anteriormente, a indústria química tem uma vasta atuação e influência em diversos setores da própria indústria. Entretanto, não são todos eles que utilizam os produtos químicos agressivos. Por exemplo, as indústrias farmacêutica e de alimentos são exceções.
Por outro lado, para a produção de tintas, colas, adesivos, plásticos agrícolas, borrachas, solventes, lubrificantes, cosméticos e saneantes os produtos químicos agressivos se fazem necessários. Um exemplo é a amônia, utilizada tanto pela indústria cosmética quanto para a fabricação de produtos de limpeza.
Então, a transferência desses produtos ocorre das fábricas para os caminhões-tanque e vice-versa, bem como a partir de plataformas de carregamento. Por isso, é fundamental conhecer bem a operação e os produtos a transportar, para poder escolher as mangueiras corretas para cada caso, mantendo a segurança do processo.
Qual a diferença da mangueira para transferir produto químico agressivos?
Certamente, a operação de uma indústria só se torna viável por meio da utilização de mangueiras industriais. Porém, a mangueira capaz de transferir produtos químicos agressivos deve ser específica para essa finalidade, extremamente resistente e, acima de tudo, segura. Afinal, qualquer vazamento ou escape de material pode causar sérios acidentes além de incontáveis prejuízos.
Por isso, as mangueiras precisam ser construídas com materiais altamente resistentes e de muita qualidade. Por exemplo, são utilizados o aço inoxidável, aço carbono, Polipropileno, PTFE ou similiares, aço galvanizado, entre outros para a construção da parte interna das mangueiras.
Da mesma maneira, outras características importantes são a pressão de trabalho que as mangueiras suportam, seu alcance térmico e resistir à corrosão e à abrasão que esses materiais promovem enquanto são transferidos.
As Mangueiras Inaflex específicas para transferir produtos químicos agressivos
Aqui na Inaflex, para atender a demanda da indústria química, temos as linhas Quimiflex, Chemiflex e Inaflex VRU. A saber, essas mangueiras foram especialmente desenvolvidas para que operação com produtos químicos agressivos ocorra sem intercorrências, sejam eles materiais líquidos ou gasosos.
Inaflex Quimiflex / Quimiflex Especial
As mangueiras compostas Quimiflex e Quimiflex Especial são ideais para aplicação em fábricas, caminhões-tanque, navios e terminais marítimos. Afinal, foram desenvolvidas para transferência segura, tanto sucção quanto recalque, de produtos químicos agressivos, como: ácido nítrico, cloro sulfônico, oleum e similares.
Portanto, são resistentes a intempéries, suportam pressão teste 1,5 vezes a pressão de trabalho, com pressão de ruptura 4.0 vezes a pressão de trabalho. Além disso, o alcance térmico vai de – 30°C a 80°C e possui resistência a vácuo de 0,7 Bar na temperatura ambiente.
Possui uma capa resistente a intempéries e abrasão, tecidos e filmes altamente resistentes a produtos químicos, além do arames de reforço interno e externo de aço galvanizado, aço carbono revestido de polipropileno ou aço inox AISI 304/L ou 316/L, eletricamente conectados aos terminais.
Inaflex VRU
A Inaflex VRU é uma mangueira extremamente leve e flexível, mas resistente a gases e vapores corrosivos e/ou inflamáveis. Por exemplo, vapores ácidos, hidrocarbonetos, solventes, entre outros.
Para que garanta segurança na operação, é construída com arame de reforço interno e externo de aço galvanizado, aço carbono revestido de polipropileno, aço inoxidável AISI 304/L ou 316/L, eletricamente conectados aos terminais.
Além disso, resiste à pressão de teste 1,5 vezes a pressão de trabalho, tem pressão de ruptura 4.0 vezes a pressão de trabalho, alcance térmico: de – 30°C a 80°C e resistência a vácuo e 0,7 Bar na temperatura ambiente.
Sobretudo é utilizada na recuperação de gases e vapores em plataformas de carregamento de caminhões e vagões-tanque e plataformas com sistema Botton Loading.
Inaflex Chemiflex / Chemiflex PTFE
As mangueiras Inaflex Chemiflex possuem tubo interno corrugado em aço inoxidável AISI 321 ou 316L revestido externamente com 1 ou 2 trançados de aço inoxidável AISI 304. Já a Chemiflex PTFE possui tubo interno corrugado ou liso em PTFE revestido externamente com 1 ou 2 trançados de aço inoxidável AISI 304. Indica-se o uso em indústrias em geral, incluindo as químicas.
Assim, essas mangueiras são preparadas para transferência segura (sucção e recalque) de produtos químicos agressivos que requerem cuidados especiais. Por exemplo, podemos citar: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico, ácido fluorídrico, gás de cloro, soluções de hidróxido de sódio a altas temperaturas, acetona e cloreto de ácido.
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Agora que você já tem diversas informações sobre a transferência de produtos químicos agressivos, não tem mais dúvida do quanto é importante escolher a mangueira correta, não é mesmo?
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